quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Porque eu te olho quando ninguém mais quer te ver.















A verdade é que eu adoro seus defeitos, acho mais interessante que as qualidades e méritos que todos já sabem. Prefiro conhecer você, admirar suas manias, observar e guardar cada lembrança, tentando imaginar se você vai preservar sua essência e mantê-la intacta para os próximos anos. 

Eu gosto mesmo é daquela cara que você faz quando vai explicar alguma coisa, quando fala em tom sério em um momento descontraído e quando fala besteira em um momento formal. Admiro seu gosto refinado e saudável, enquanto eu sou insistente na batata frita. Eu gosto mesmo é das suas pernas, mesmo que eu diga o contrário, e do seu humor depois de um dia cansativo, da sua insanidade e falta de carisma. Gosto quando você sorri quando eu estou irritada, e ainda mais quando se irrita com minha risada. Eu gosto mesmo é de participar dos seus defeitos, de provocar suas emoções, porque eu te olho quando ninguém mais quer te ver, e talvez eu enxergue mais do que eu entendo, mais do que eu quero, talvez eu nem conheça você.

É errado se contradizer, eu sei, mas o que eu quero de você é incerto, eu nem quero nada, eu só quero eu e você, acontecer. Eu quero mesmo é continuar gostando disso, daqui à uns vinte anos, e não me deixar esquecer do que eu mais gosto agora, de todos os defeitos, manias, caras e bocas. O que eu mais gosto em você é apenas você.

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