Quero te contar tudo o que senti aquele dia, como tudo fez sentido. Você estava lá, o mesmo de sempre, com o mesmo jeito, sem mudar muita coisa, talvez alguns novos fios de barba, e uns centímetros a mais, mas era a mesma pessoa por quem me apaixonei à um tempo atras. Com o olhar que vem acompanhado da testa franzida, o cheiro que não se assemelha a nenhum perfume, o sorriso quadrado, tudo no mesmo lugar.
Como de costume, meu coração acelerou e eu apenas sorri, me senti como no primeiro encontro, na primeira vez em que te vi e guardei todas as características. Tive a mesma sensação de euforia, parecia que todas as borboletas do universo estavam presas no meu estomago, as mãos suadas, as pupilas atentas, dentes pressionando os lábios, tentando me distrair com qualquer acaso, ignorando a explosão dentro de mim, agindo como alguém que acabará de ter um sono tranquilo, como se isso funcionasse quando você está por perto, que boba eu sou. Mas o bom de ser boba é que eu não consigo engar-me, apenas permito, me permito sentir, exagerar, permito que você chegue, permito que entre, permito que fique.
O que eu mais gostei aquele dia, foi me sentir sua outra vez, pertencer à você sem obrigação, sem cobrança, sem condição, e sentir que você era meu também, mesmo que por alguns segundos, pensei que nunca fosse sentir isso de novo. E a cada palavra ou gesto seu, eu me convencia ainda mais de que todas essas sensações de dejavu estavam me dizendo que nada disso era sobre você, ou sobre mim, porque mesmo depois de um tempo, você ainda me proporciona as mesmas emoções, o mesmo sentimento. Isso tudo era sobre o amor, o nosso, ele ainda estava lá, ele continua o mesmo.
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